Goldman Sachs: Ouro 2026 a atingir 4900 dólares, existe espaço significativo para aumento

Goldman Sachs afirmou que, dado o atual nível relativamente baixo de holdings de ouro e o potencial de diversificação dos investidores, há um espaço significativo para uma alta no preço do ouro até o final de 2026, atingindo US$ 4900 por onça. Uma pesquisa no plataforma Marquee do Goldman Sachs com mais de 900 clientes institucionais revelou que 36% dos entrevistados (o grupo com maior número) espera que o ouro ultrapasse US$ 5000 por onça até o final do próximo ano.

De 4000 a 4900 dólares: as três principais razões por trás da meta do Goldman Sachs

黃金價格

(Fonte: Trading View)

A previsão do Goldman Sachs de US$ 4900 para o ouro até o final de 2026 implica um potencial de alta de cerca de 17% em relação ao preço atual. Essa meta não é arbitrária, mas baseada em três raciocínios centrais. Primeiro, o nível de holdings de ouro por parte dos investidores institucionais atualmente é relativamente baixo. Apesar da alta de preços neste ano, muitas gestoras tradicionais continuam com proporções de ouro abaixo da média histórica, deixando espaço para influxo de capital adicional.

Em segundo lugar, o potencial de diversificação dos investidores está sendo liberado. O Goldman Sachs destacou que “recentemente, alguns investidores têm pedido para aumentar a alocação em ouro” e enfatizou que a mudança na tendência de diversificação pode aumentar o apelo dessa metal precioso. Num contexto de incerteza geopolítica, preocupações com a inflação e volatilidade do dólar, o ouro está sendo redescoberto como ativo de correlação zero. O modelo tradicional 60/40 de ações e títulos está evoluindo para um portfólio diversificado que inclui ouro, criptomoedas e outros ativos alternativos.

Terceiro, o comportamento de compra dos bancos centrais fornece suporte estrutural. A pesquisa mostrou que 38% dos entrevistados acreditam que as compras de ouro pelos bancos centrais são o principal motor da alta do preço, enquanto 27% apontam questões fiscais. Bancos centrais ao redor do mundo têm entrado no mercado, atraídos pela alta liquidez, risco de inadimplência zero e a posição neutra do ouro como reserva. Dados do World Gold Council indicam que, nos três primeiros trimestres de 2024, as compras líquidas de ouro pelos bancos centrais ultrapassaram 800 toneladas, continuando o forte ritmo de aquisição desde 2022.

A previsão do Goldman Sachs também considera fatores técnicos. Após ultrapassar US$ 4000, o próximo nível psicológico é US$ 5000. Históricamente, o ouro tende a continuar seu movimento de alta após ultrapassar números inteiros, até encontrar resistência próxima ao próximo nível. A meta de US$ 4900 está logo abaixo de US$ 5000, refletindo a expectativa do Goldman Sachs de que o ouro se aproximará, mas talvez não ultrapassará completamente, esse marco histórico.

Pesquisa institucional revela: 70% de consenso de alta

De 12 a 14 de novembro, a plataforma Marquee do Goldman Sachs realizou uma pesquisa com mais de 900 investidores institucionais, mostrando que mais de 70% deles esperam uma valorização do ouro no próximo ano. Esse consenso de alta quase nunca foi visto na história do mercado de ouro, normalmente ocorrendo apenas no início ou no meio de grandes tendências.

Os detalhes da pesquisa são ainda mais reveladores. 36% dos entrevistados prevêem que o ouro ultrapassará US$ 5000 por onça, uma previsão mais agressiva do que o próprio Goldman Sachs de US$ 4900. Outros 33% esperam atingir entre US$ 4500 e US$ 5000, totalizando 69% dos investidores institucionais que acreditam que o ouro alcançará pelo menos US$ 4500. Em comparação, pouco mais de 5% acham que o preço do ouro cairá para entre US$ 3500 e US$ 4000 nos próximos 12 meses.

Essa distribuição de resultados revela uma clara inclinação para o lado positivo, indicando que o mercado tem muito baixa preocupação com riscos de baixa, enquanto suas expectativas de alta são extremamente elevadas. Sob a perspectiva da finança comportamental, quando investidores institucionais têm uma expectativa tão unificada, muitas vezes isso sinaliza a continuidade da tendência. Contudo, também há risco reverso: se todos estiverem otimistas e já tiverem seus ativos alocados, o volume de compras marginal pode diminuir.

As três principais motivações para o otimismo dos investidores institucionais em ouro

Compra contínua pelos bancos centrais: 38% dos investidores veem essa como a principal força motriz, especialmente em mercados emergentes.

Preocupações com déficits fiscais: 27% temem que o aumento da dívida dos países impulsione a demanda por ativos de proteção como o ouro.

Necessidade de diversificação: em um ambiente de alta volatilidade, o ouro se torna uma proteção essencial contra riscos.

Phil Streible, chefe de estratégia de mercado da Blue Line Futures, afirmou em entrevista à CNBC que o mercado de alta do ouro pode durar até 2026. Ele destacou: “O cenário econômico global continua a sustentar os preços do ouro.” Muitos países continuam enfrentando crescimento econômico lento e aumento da inflação, uma combinação histórica que favorece o ouro.

De investidores de varejo a hedge funds: a estrutura de compra se amplia de forma abrangente

Neste ano, desde investidores de varejo até hedge funds, uma grande quantidade de investidores tem direcionado seu capital para o ouro — tradicionalmente considerado um ativo de proteção em períodos de turbulência — para se proteger contra riscos de inflação, tensões geopolíticas e desvalorização do dólar. Essa ampliação na estrutura de compras é a razão fundamental para a alta de 58,6% no preço do ouro até agora.

As compras dos bancos centrais e a demanda geral dos investidores elevaram os preços do metal precioso a níveis históricos. O preço do ouro já subiu 58,6% neste ano, e em 8 de outubro superou pela primeira vez a marca de US$ 4000. Os preços de commodities atingiram o ponto mais alto em duas semanas na sexta-feira, impulsionados pela expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve, com o preço spot subindo 0,45% para US$ 4175,50 por onça, e o preço futuro subindo 0,53% para US$ 4187,40.

Outros investidores também estão entrando no setor de mineração, otimistas com esse mercado de commodities. Stephen Yiu, do Blue Whale Capital, afirmou em uma entrevista à CNBC neste mês que está apostando na Newmont Mining, a maior mineradora de ouro do mundo. Carson Brock, fundador da Mud Water Capital, conhecido por fazer posições vendidas, lançou opções de compra de ações na Snowline Gold, uma pequena mineradora canadense. Durante a conferência Sohn London deste ano, Brock afirmou que acredita que a empresa se torna uma aquisição atraente devido à crescente consolidação do setor.

O Goldman Sachs destaca que o aumento recente na demanda por ouro por parte dos investidores reforça a tendência de alta, o que pode elevar ainda mais os preços. Quando os investidores institucionais começam a mover o ouro de uma alocação tática para uma posição estratégica central, a demanda se torna mais sustentada e estável.

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