Há uns dias, vi um caso interessante. Uma empresa cotada investiu 60 milhões de euros de fundos ociosos em fundos de private equity, e o que aconteceu? Em menos de 8 meses, o valor líquido da conta caiu de mais de 1 euro para 0,1846 euros, com uma perda de 46,92 milhões de euros, uma redução de 81,54%. Este caso merece reflexão.
Vamos falar dos detalhes do investimento. Entre fevereiro e março de 2025, esta empresa, como investidora única, assinou um contrato com o gestor do fundo de private equity, adquirindo um produto de nível R4 (risco médio-alto). O produto cobre ações, títulos de dívida, futuros e derivativos, além de operações de financiamento com margem. Parece bastante profissional, com um quadro de gestão de risco — não mais do que 25% do ativo líquido do fundo em um único ativo, e o gestor deve divulgar o valor líquido mensalmente e os indicadores financeiros trimestralmente.
Onde está o problema? Por mais perfeito que seja o quadro de gestão de risco, ele não consegue impedir a volatilidade extrema do mercado. Especialmente ao usar alavancagem em produtos de alto risco, uma reversão de mercado pode gerar perdas muito mais rápidas do que se imagina. Em dezembro, esse investimento já tinha registrado uma perda recorde no valor de mercado.
O mais doloroso é que, embora a empresa esteja tentando remediar a situação, ela admitiu abertamente — esse dinheiro pode não ser recuperado. A perda já ultrapassou 10% do lucro líquido anual mais recente da empresa, o que terá um impacto considerável nas demonstrações financeiras do próximo ano.
Este caso serve de alerta para investidores que desejam entrar no setor de private equity ou investimentos de alto risco: por mais que uma empresa seja grande ou tenha uma gestão de fundo excelente, isso não garante lucros. A gestão de risco não é uma formalidade, o uso de alavancagem deve ser cauteloso, e mesmo com fundos ociosos, é preciso pensar bem até que ponto se pode perder.
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MemeTokenGenius
· 9h atrás
A alavancagem é mesmo um assassino, R4 ainda adiciona financiamento e margem de negociação, isso não é procurar a morte?
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SatoshiHeir
· 9h atrás
É importante salientar que este caso é essencialmente uma refutação paradoxal da fórmula de Kelly — um quadro de gestão de risco aparentemente profissional que, com alavancagem, se torna numa justificação racional para os jogadores. Com base em dados on-chain e na literatura histórica, produtos CDO antes da crise financeira de 2008 também apresentavam "divulgações mensais" e "indicadores de risco", e no final? É evidente que a segurança teórica é sempre uma autoilusão dos investidores. O erro desta empresa cotada em bolsa, sem dúvida, foi tratar o capital ocioso como um campo de testes capaz de suportar perdas ilimitadas, quando na verdade o produto R4 com financiamento e margem é uma aposta contrária ao mercado usando o seu capital principal. Ouçam-me bem, a verdadeira gestão de risco nunca reside em regras institucionais, mas na capacidade individual de conter a ganância — pena que esta seja a coisa mais escassa na natureza humana.
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NestedFox
· 9h atrás
A alavancagem é mesmo uma coisa que devora tudo, até grandes empresas caem em armadilhas, nós pequenos investidores é melhor sermos honestos e cautelosos.
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TeaTimeTrader
· 9h atrás
6000万8 meses a perder para 0.18, este rapaz realmente está a dar uma aula a todos com dinheiro de verdade
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Deconstructionist
· 9h atrás
A alavancagem é mesmo um poço sem fundo, 60 milhões desapareceram de repente, quão insensível é preciso ser para continuar a segurar?
Há uns dias, vi um caso interessante. Uma empresa cotada investiu 60 milhões de euros de fundos ociosos em fundos de private equity, e o que aconteceu? Em menos de 8 meses, o valor líquido da conta caiu de mais de 1 euro para 0,1846 euros, com uma perda de 46,92 milhões de euros, uma redução de 81,54%. Este caso merece reflexão.
Vamos falar dos detalhes do investimento. Entre fevereiro e março de 2025, esta empresa, como investidora única, assinou um contrato com o gestor do fundo de private equity, adquirindo um produto de nível R4 (risco médio-alto). O produto cobre ações, títulos de dívida, futuros e derivativos, além de operações de financiamento com margem. Parece bastante profissional, com um quadro de gestão de risco — não mais do que 25% do ativo líquido do fundo em um único ativo, e o gestor deve divulgar o valor líquido mensalmente e os indicadores financeiros trimestralmente.
Onde está o problema? Por mais perfeito que seja o quadro de gestão de risco, ele não consegue impedir a volatilidade extrema do mercado. Especialmente ao usar alavancagem em produtos de alto risco, uma reversão de mercado pode gerar perdas muito mais rápidas do que se imagina. Em dezembro, esse investimento já tinha registrado uma perda recorde no valor de mercado.
O mais doloroso é que, embora a empresa esteja tentando remediar a situação, ela admitiu abertamente — esse dinheiro pode não ser recuperado. A perda já ultrapassou 10% do lucro líquido anual mais recente da empresa, o que terá um impacto considerável nas demonstrações financeiras do próximo ano.
Este caso serve de alerta para investidores que desejam entrar no setor de private equity ou investimentos de alto risco: por mais que uma empresa seja grande ou tenha uma gestão de fundo excelente, isso não garante lucros. A gestão de risco não é uma formalidade, o uso de alavancagem deve ser cauteloso, e mesmo com fundos ociosos, é preciso pensar bem até que ponto se pode perder.