Essa transação com a escultura digital me fez entender o que é a impotência da realidade. Os artistas só precisam de Ethereum, meus ativos estão dispersos em outras blockchains; quando finalmente tento fazer uma transferência, a taxa de Gas é um número astronômico; o mais irônico é que, na mesma obra, o preço no mundo virtual ao lado é definido em uma moeda de plataforma completamente diferente. Eu me sinto como um viajante com várias moedas estrangeiras, mas sem um câmbio no aeroporto — por mais ativos que eu tenha, é inútil.

Naquele momento percebi: o mundo virtual está seguindo o mesmo caminho antigo das finanças tradicionais, e de forma ainda mais radical.

**Cada cadeia está se consolidando por conta própria**

Olhe para o ecossistema atual do metaverso. O Jogo A lança seu próprio token, a plataforma B também lança seu token, e o mundo social C faz o mesmo. As moedas que você ganha aqui, lá se tornam papel inútil. Isso não é um problema pequeno — bloqueia diretamente a possibilidade de artistas exibirem suas obras em várias plataformas, e também desmotiva os jogadores a transferirem ativos entre diferentes mundos. A liquidez foi literalmente cortada em incontáveis pedaços.

Stablecoins tradicionais, como USDC, parecem resolver o problema do "padrão de valor", mas a lógica subjacente é bastante complexa: elas são apenas sombras do dólar na blockchain, cuja confiança depende totalmente do sistema financeiro real, e a lógica econômica virtual é, na verdade, uma coisa à parte.

**O que é necessário é um "aglutinador" nativo do mundo virtual**

O verdadeiro caminho para romper esse impasse deve ser um ativo intrínseco a esse ecossistema — seu valor deve incluir tanto ativos reais (títulos do governo, ouro, etc.) quanto o potencial de crescimento de ativos virtuais. Com esse tipo de design, será possível realmente reduzir as diferenças entre os diferentes mundos e facilitar a circulação de ativos.