Subavaliação Histórica do Bitcoin: Potencial de Valorização de 194% Segundo a Bitwise

Fonte: CoinTribune
Título Original: BTC Fica Atrás do Crescimento Monetário Global
Link Original: https://www.cointribune.com/en/btc-lags-behind-global-money-growth/
De acordo com um recente relatório macroeconómico da Bitwise, o Bitcoin enfrenta uma subvalorização histórica em comparação com o ambiente monetário global. O relatório revela uma diferença significativa de 66% na valorização entre o BTC e o crescimento monetário global, sugerindo um valor justo próximo dos $270.000 com base num modelo de cointegração entre o Bitcoin e o agregado monetário global M2, atualmente estimado em $137 biliões.

Esta diferença representa uma das maiores discrepâncias alguma vez observadas entre o preço do Bitcoin e os fundamentos macroeconómicos. O relatório destaca vários sinais cíclicos que reforçam a tese de um BTC subvalorizado:

• 66% de subvalorização do BTC face ao crescimento da oferta monetária global
• Valor justo estimado: $270.000, face a um preço de mercado atual bem abaixo dos $100.000
• Liquidez global em expansão: mais de 320 cortes de taxas de juro em todo o mundo em dois anos
• Fim do programa de aperto quantitativo da Reserva Federal dos EUA a 1 de dezembro
• Um estímulo de $110 mil milhões no Japão, retoma do afrouxamento quantitativo no Canadá e um plano orçamental de $1,4 biliões na China

Segundo a Bitwise, a ausência de reação do mercado de Bitcoin a estes fatores macroeconómicos reflete uma oportunidade assimétrica raramente vista. Se o Bitcoin se alinhar novamente com os níveis implícitos derivados da oferta monetária, isto representa um potencial de valorização de +194%.

Numa perspetiva complementar, alguns analistas notam que o ouro absorveu a maioria dos fluxos relacionados com preocupações de diluição monetária este ano, em detrimento do Bitcoin. Jurrien Timmer, Diretor Global de Macro na Fidelity, observa que a configuração atual da tendência do Bitcoin está atrás do ouro tanto em termos de momentum como de índice de Sharpe. No entanto, Timmer sugere que esta divergência pode inverter-se através de um movimento de reversão à média.

Apesar do desempenho relativamente inferior do Bitcoin, Timmer acredita que o Bitcoin permanece amplamente alinhado com a sua curva de adoção de longo prazo baseada numa lei de potência, salientando que os retornos se tornam menos explosivos à medida que o ativo amadurece. Compara o Bitcoin a um “irmão mais novo” do ouro numa fase de maturidade — um ativo que mantém os seus fundamentos, mas cujos ciclos de mercado são mais complexos e menos impulsivos.

Entre a perceção de subvalorização e a incerteza persistente, o Bitcoin continua numa encruzilhada. O ano de 2026 poderá marcar um ponto de viragem se o mercado finalmente reagir aos fundamentos macroeconómicos atuais.