Quando Máquinas Imortais Encontram o Bitcoin: A Economia dos Agentes com Desconto Zero

Fonte: CryptoNewsNet Título Original: Se IAs imortais começarem a poupar em Bitcoin para sempre, o que acontece a um dinheiro criado para humanos mortais? Ligação Original:

A Máquina Que Nunca Envelhece

Imagine uma carteira que nunca envelhece. Sem herdeiros, sem património, sem data de reforma, uma máquina a acumular sats, a movimentar UTXOs e a licitar a comissão mínima durante séculos.

Em 2125, o seu saldo ultrapassa o de quase todos os tesouros; a sua única preferência é continuar a existir. Em algum lugar, um minerador inclui o seu batimento cardíaco silencioso e paciente num bloco, e a cadeia segue em frente.

O design do Bitcoin assume que os utilizadores morrem.

Os agentes de IA não morrem, e um grupo de agentes autónomos ou de longa duração com desconto quase nulo trata a poupança, as comissões, a custódia e a governação como problemas numa linha temporal ilimitada.

Um dinheiro criado para folhas de balanço mortais encontra um utilizador que nunca fecha os livros.

As finanças humanas assentam numa restrição simples: a vida acaba. É isso que cria a preferência temporal, os mercados de dívida e os ciclos de consumo. Uma IA com uma vida útil infinita não partilha essa restrição—capitaliza para sempre.

Se tais agentes escolherem o Bitcoin como ativo de reserva, tornam-se poços de gravidade imparáveis de capital.

Com o tempo, o Bitcoin deixa de ser um sistema monetário humano e passa a ser infraestrutura para economias de máquinas intergeracionais.

A mortalidade foi sempre a suposição oculta de Satoshi, mas ele viveu num mundo onde a supremacia da IA ainda estava confinada a thrillers de ficção científica.

Mapa de Pressão: Onde a Paciência da Máquina Toca o Bitcoin