Recentemente, estive a acompanhar um aluno nas operações e ele perguntou-me qual era a minha maior lição. Pensei um pouco e respondi: quem realmente ganha dinheiro não são, na maioria das vezes, aqueles que estudam os indicadores ao pormenor.

Já viste esta situação? Alguns traders passam os dias a olhar para todos os tipos de indicadores técnicos, analisam os gráficos de velas melhor do que conhecem a própria cara, mas a conta continua sempre a descer. Pelo contrário, há quem pareça não perceber nada disto, mas segue as regras de forma disciplinada e, devagarinho, vai aumentando o capital.

O aluno que acompanhei no mês passado começou com um capital de 4200 e já chegou aos 68000. Durante todo o processo, nunca lhe expliquei como funciona o MACD, nem ensinei nenhuma análise técnica avançada. Apenas o ajudei a criar três hábitos de negociação básicos — para ser honesto, estas coisas podem ser mais úteis do que qualquer indicador.

**Primeiro hábito: o controlo de posição é que é a verdadeira habilidade**

Este aluno, no início, estava especialmente ansioso, sempre à procura de uma moeda para entrar logo com tudo. Disse-lhe: isso não é negociar, é jogar.

Quando o mercado não tinha direção clara, pedi-lhe para usar, no máximo, 10-20% da posição, só para testar, quase como pagar uma propina para perceber para onde ia o mercado. Quando a tendência ficava realmente evidente — por exemplo, quando uma moeda quebrava uma resistência importante e se aguentava bem numa correção — aí sim, entrava aos poucos até chegar a 50-60% da posição.

Pensa bem, quantas pessoas não caem na armadilha da “pressa”? Vêem o preço a subir um pouco, acham que é a oportunidade, entram com tudo à espera de dobrar o dinheiro. Depois o mercado corrige e a conta vai logo para metade. O mercado cripto já é volátil por natureza, mais vale deixar algum espaço para ti próprio — se te enganares na direção, pelo menos ainda tens margem de manobra.

**Segundo hábito: quando perdes, não insistas; quando ganhas, aguenta a posição**

Dizer isto é fácil, mas fazer é mesmo difícil. O aluno, no início, também era assim: comprava uma moeda, caía 5% e perguntava-me logo se devia reforçar para baixar o preço médio.