A volatilidade do sentimento nos mercados financeiros assemelha-se ao que se passa na mente dos responsáveis da Fed durante o seu “período de silêncio” — à superfície tudo parece calmo, mas por dentro há correntes subterrâneas em movimento.
A própria estrutura interna da Fed tem também uma tensão dramática.
Entre os membros votantes que apoiam a suspensão dos cortes nas taxas estão Collins, Goolsbee, Musalem, Schmid e o governador Barr. Funcionam como uma linha de defesa conservadora, recusando-se a ceder enquanto a economia “ainda não chegou à beira do abismo”.
Por outro lado, Bowman, Waller, Miran e Williams defendem cortes nas taxas, sendo que este último insiste mesmo num “corte de 50 pontos base”, como se estivesse a martelar a mesa.
Se fosses Powell, nesta altura terias mesmo de pensar se deves ser o segurança ou o bombeiro.
A minha posição é simples: num ambiente económico e político complexo, a ânsia do mercado por cortes nas taxas é, na verdade, uma forma de “auto-consolo” — afinal, ninguém quer ser apanhado a nadar nu antes de uma crise de liquidez, mas cortar demasiado nas taxas traz o receio de se ser submerso pelo dilúvio da inflação.
Isto não é uma questão de certo ou errado, mas sim uma inevitabilidade de risco e jogo estratégico.
A escolha da Fed não é entre “bom ou mau”, mas sim “escolher o menos mau entre os maus”.
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A volatilidade do sentimento nos mercados financeiros assemelha-se ao que se passa na mente dos responsáveis da Fed durante o seu “período de silêncio” — à superfície tudo parece calmo, mas por dentro há correntes subterrâneas em movimento.
A própria estrutura interna da Fed tem também uma tensão dramática.
Entre os membros votantes que apoiam a suspensão dos cortes nas taxas estão Collins, Goolsbee, Musalem, Schmid e o governador Barr. Funcionam como uma linha de defesa conservadora, recusando-se a ceder enquanto a economia “ainda não chegou à beira do abismo”.
Por outro lado, Bowman, Waller, Miran e Williams defendem cortes nas taxas, sendo que este último insiste mesmo num “corte de 50 pontos base”, como se estivesse a martelar a mesa.
Se fosses Powell, nesta altura terias mesmo de pensar se deves ser o segurança ou o bombeiro.
A minha posição é simples: num ambiente económico e político complexo, a ânsia do mercado por cortes nas taxas é, na verdade, uma forma de “auto-consolo” — afinal, ninguém quer ser apanhado a nadar nu antes de uma crise de liquidez, mas cortar demasiado nas taxas traz o receio de se ser submerso pelo dilúvio da inflação.
Isto não é uma questão de certo ou errado, mas sim uma inevitabilidade de risco e jogo estratégico.
A escolha da Fed não é entre “bom ou mau”, mas sim “escolher o menos mau entre os maus”.