Ontem à noite surgiu uma notícia: do lado de Trump, cancelaram subitamente a fase final de entrevistas para o candidato a presidente da Reserva Federal. O motivo? Diz-se que o escolhido já estava decidido há muito.
Isto não é simplesmente trocar de presidente. Convém lembrar que a Reserva Federal mantém-se independente há mais de setenta anos. Agora, ao que parece, Trump está decidido a transformar este banco central, o mais influente do mundo, numa ferramenta ao seu serviço.
# O escolhido está praticamente confirmado
Todos os sinais apontam para a mesma pessoa — Kevin Hassett, atual diretor do Conselho Nacional de Economia da Casa Branca.
Trump chamou-lhe recentemente, em público, "potencial presidente da Reserva Federal", o que já diz tudo. Porquê ele?
A razão é bastante simples. Hassett é um veterano da equipa económica de Trump, já foi presidente do Conselho de Assessores Económicos e agora lidera o Conselho Nacional de Economia. Quanto à lealdade, não há dúvidas.
A sua posição política também é conveniente. Antes defendia a independência da Reserva Federal, mas este ano mudou de tom, passou a apoiar publicamente os cortes nas taxas de juro e criticou o atual presidente Powell por "agir demasiado devagar".
Resumindo, Trump nomeou Powell na esperança de que colaborasse. Mas, na prática, houve muitos desacordos. Desta vez, Trump aprendeu a lição e vai escolher alguém obediente.
# Qual é o objetivo por trás disto?
Porquê que Trump arrisca abalar a credibilidade do dólar só para controlar a Reserva Federal?
**Primeiro, para apoiar a política de tarifas.** O aumento maciço das tarifas pode travar o crescimento económico; nessa altura, uma descida das taxas de juro pode compensar o impacto, permitindo-lhe avançar com a sua estratégia comercial.
**Segundo, para aliviar a pressão da dívida.** A dívida pública dos EUA já ultrapassa os 38 biliões de dólares. Num ambiente de taxas de juro altas, só em juros pagam-se mais de um bilião de dólares por ano. Se as taxas descerem significativamente, esta despesa diminui consideravelmente.
**Terceiro, para controlar totalmente a política económica.** Ao juntar a política monetária com a orçamental (redução de impostos, tarifas), pode estimular a economia conforme os seus próprios objetivos. No fundo, serve para preparar o caminho para a reeleição.
Como vai reagir o mercado? Se a independência do dólar for realmente quebrada, os fluxos de capitais globais podem ser totalmente reconfigurados.
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Ontem à noite surgiu uma notícia: do lado de Trump, cancelaram subitamente a fase final de entrevistas para o candidato a presidente da Reserva Federal. O motivo? Diz-se que o escolhido já estava decidido há muito.
Isto não é simplesmente trocar de presidente. Convém lembrar que a Reserva Federal mantém-se independente há mais de setenta anos. Agora, ao que parece, Trump está decidido a transformar este banco central, o mais influente do mundo, numa ferramenta ao seu serviço.
# O escolhido está praticamente confirmado
Todos os sinais apontam para a mesma pessoa — Kevin Hassett, atual diretor do Conselho Nacional de Economia da Casa Branca.
Trump chamou-lhe recentemente, em público, "potencial presidente da Reserva Federal", o que já diz tudo. Porquê ele?
A razão é bastante simples. Hassett é um veterano da equipa económica de Trump, já foi presidente do Conselho de Assessores Económicos e agora lidera o Conselho Nacional de Economia. Quanto à lealdade, não há dúvidas.
A sua posição política também é conveniente. Antes defendia a independência da Reserva Federal, mas este ano mudou de tom, passou a apoiar publicamente os cortes nas taxas de juro e criticou o atual presidente Powell por "agir demasiado devagar".
Resumindo, Trump nomeou Powell na esperança de que colaborasse. Mas, na prática, houve muitos desacordos. Desta vez, Trump aprendeu a lição e vai escolher alguém obediente.
# Qual é o objetivo por trás disto?
Porquê que Trump arrisca abalar a credibilidade do dólar só para controlar a Reserva Federal?
**Primeiro, para apoiar a política de tarifas.** O aumento maciço das tarifas pode travar o crescimento económico; nessa altura, uma descida das taxas de juro pode compensar o impacto, permitindo-lhe avançar com a sua estratégia comercial.
**Segundo, para aliviar a pressão da dívida.** A dívida pública dos EUA já ultrapassa os 38 biliões de dólares. Num ambiente de taxas de juro altas, só em juros pagam-se mais de um bilião de dólares por ano. Se as taxas descerem significativamente, esta despesa diminui consideravelmente.
**Terceiro, para controlar totalmente a política económica.** Ao juntar a política monetária com a orçamental (redução de impostos, tarifas), pode estimular a economia conforme os seus próprios objetivos. No fundo, serve para preparar o caminho para a reeleição.
Como vai reagir o mercado? Se a independência do dólar for realmente quebrada, os fluxos de capitais globais podem ser totalmente reconfigurados.