À primeira vista, a profissão de trabalhadora sexual parece ser sobre “sexo”, mas na essência trata-se de transacções; superficialmente parece ser sobre “relacionamentos”, mas no fundo é encenação de papéis; muitos pensam que o que vendem é o corpo, mas o que realmente tem mais valor são as emoções, sentimentos, companhia, fantasia, sensação de submissão e um espaço sem julgamentos. A esmagadora maioria das trabalhadoras sexuais não entrou por “degradação”, mas foi empurrada — falta de dinheiro, de segurança, de opções, de recursos sociais; e o que verdadeiramente as faz permanecer quase nunca é o dinheiro, mas sim: alto grau de controlo (relações mais previsíveis do que as convencionais), retorno imediato (valor emocional trocado por dinheiro), limites bem definidos (não se fica a dever favores), ausência de vínculos de longo prazo (baixo risco), não serem alvo de julgamento moral (dentro do sector, até existe mais igualdade).
Aquilo que é mais difícil nas relações comuns — comunicação, adaptação, gestão emocional, partilha de responsabilidades — é eliminado para elas, restando apenas “o que precisas, eu interpreto”. Não é algo inato, mas sim treinado pela dureza das circunstâncias. São mais frias do que imaginas, mas também mais frágeis; mais realistas, mas igualmente mais inteligentes.
O que esta profissão realmente revela não é “como são estas pessoas”, mas sim que a necessidade humana por intimidade, poder, dinheiro, fantasia, fuga e alívio imediato nunca desapareceu.
Quanto mais fundo olhares, mais perceberás: o sexo nunca é o sujeito principal, é a natureza humana que o é.
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À primeira vista, a profissão de trabalhadora sexual parece ser sobre “sexo”, mas na essência trata-se de transacções; superficialmente parece ser sobre “relacionamentos”, mas no fundo é encenação de papéis; muitos pensam que o que vendem é o corpo, mas o que realmente tem mais valor são as emoções, sentimentos, companhia, fantasia, sensação de submissão e um espaço sem julgamentos. A esmagadora maioria das trabalhadoras sexuais não entrou por “degradação”, mas foi empurrada — falta de dinheiro, de segurança, de opções, de recursos sociais; e o que verdadeiramente as faz permanecer quase nunca é o dinheiro, mas sim: alto grau de controlo (relações mais previsíveis do que as convencionais), retorno imediato (valor emocional trocado por dinheiro), limites bem definidos (não se fica a dever favores), ausência de vínculos de longo prazo (baixo risco), não serem alvo de julgamento moral (dentro do sector, até existe mais igualdade).
Aquilo que é mais difícil nas relações comuns — comunicação, adaptação, gestão emocional, partilha de responsabilidades — é eliminado para elas, restando apenas “o que precisas, eu interpreto”. Não é algo inato, mas sim treinado pela dureza das circunstâncias. São mais frias do que imaginas, mas também mais frágeis; mais realistas, mas igualmente mais inteligentes.
O que esta profissão realmente revela não é “como são estas pessoas”, mas sim que a necessidade humana por intimidade, poder, dinheiro, fantasia, fuga e alívio imediato nunca desapareceu.
Quanto mais fundo olhares, mais perceberás: o sexo nunca é o sujeito principal, é a natureza humana que o é.