Fonte: CriptoTendencia
Título Original: Contratos perpétuos sobre ações: a nova fronteira que desafia o CME
Link Original:
Os contratos perpétuos sobre ações estão a evoluir de uma curiosidade do mercado cripto para um instrumento capaz de alterar por completo a dinâmica do trading global.
Arthur Hayes defende que este salto não só é inevitável, como iminente: os perpétuos sobre o Nasdaq 100 já ultrapassam os $100 milhões diários em plataformas como a Hyperliquid e podem tornar-se o novo padrão para operar ações tecnológicas em 2026.
Segundo a análise, esta transição desafiará diretamente o modelo dos futuros tradicionais dominado pelo CME e obrigará as bolsas históricas a competir sob regras que não controlam.
O calcanhar de Aquiles do TradFi: as clearinghouses
No sistema tradicional, as clearinghouses devem garantir a liquidação completa em qualquer cenário, o que impõe um limite estrutural ao alavancamento disponível para os traders de retalho.
Essa arquitetura herdada funciona para derivados clássicos, mas é incompatível com as exigências globais de um mercado que opera sem interrupções.
Os contratos perpétuos sobre ações quebram essa restrição:
• Não têm vencimento.
• Requerem menos capital imobilizado.
• Permitem alavancagens muito mais elevadas.
• Evitam dividir a liquidez em múltiplos contratos trimestrais.
Para Hayes, este diferencial competitivo implica que o trader global preferirá um perpétuo operado numa exchange cripto em vez de um futuro tradicional com horários limitados e menor alavancagem. Essa preferência é uma ameaça direta ao domínio histórico do CME em derivados de índices e ações.
O mercado offshore será o primeiro a migrar
O ensaio antecipa que o salto não ocorrerá primeiro em Wall Street, mas sim em mercados internacionais onde os utilizadores já operam criptomoedas 24/7.
Um trader em Seul, Dubai ou São Paulo pode aceder a BTC com alavancagem a partir do seu telemóvel a qualquer momento. Aplicar essa mesma lógica a ações como NVDA, TSLA ou índices como o Nasdaq 100 é um passo natural.
Hayes sublinha que esta adoção não exige tokenizar ações: o modelo de funding e margens dos perpétuos já está comprovado e amplamente aceite por milhões de utilizadores em cripto. Por isso, quando se massificar a possibilidade de operar ações norte-americanas sob essa estrutura, a migração será rápida e em grande escala.
Política, regulação e a reviravolta que abriu a porta
Uma parte fundamental da análise explica que o avanço dos perpétuos sobre ações depende da posição regulatória norte-americana, que mudou abruptamente com recentes alterações políticas.
Segundo Hayes, os reguladores passaram de hostis após o colapso da FTX a mostrar recetividade para com produtos ligados ao ecossistema cripto. Essa mudança favorece a concorrência entre sistemas financeiros e vê as criptomoedas como um contrapeso em relação aos grandes bancos.
Como a maioria dos reguladores globais tende a seguir o padrão norte-americano, esta reviravolta permitiu a bolsas como a SGX em Singapura lançar os seus próprios perpétuos, algo impensável há poucos anos.
2026: quando a formação de preços pode mudar de mãos
Hayes projeta que, até ao final de 2026, a referência de preço dos maiores índices norte-americanos poderá surgir de contratos perpétuos operados em exchanges cripto.
O motivo é simples:
• Operam 24/7.
• Atraem liquidez global de retalho e profissional.
• Oferecem alavancagem superior à de um futuro tradicional.
• Não dependem de janelas horárias nem de sistemas de clearing lentos.
Se esta previsão se concretizar, será a primeira vez que um instrumento nascido no ecossistema cripto desafia e potencialmente substitui um derivado central do sistema financeiro tradicional.
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Contratos perpétuos sobre ações: a nova fronteira que desafia a CME
Fonte: CriptoTendencia Título Original: Contratos perpétuos sobre ações: a nova fronteira que desafia o CME Link Original: Os contratos perpétuos sobre ações estão a evoluir de uma curiosidade do mercado cripto para um instrumento capaz de alterar por completo a dinâmica do trading global.
Arthur Hayes defende que este salto não só é inevitável, como iminente: os perpétuos sobre o Nasdaq 100 já ultrapassam os $100 milhões diários em plataformas como a Hyperliquid e podem tornar-se o novo padrão para operar ações tecnológicas em 2026.
Segundo a análise, esta transição desafiará diretamente o modelo dos futuros tradicionais dominado pelo CME e obrigará as bolsas históricas a competir sob regras que não controlam.
O calcanhar de Aquiles do TradFi: as clearinghouses
No sistema tradicional, as clearinghouses devem garantir a liquidação completa em qualquer cenário, o que impõe um limite estrutural ao alavancamento disponível para os traders de retalho.
Essa arquitetura herdada funciona para derivados clássicos, mas é incompatível com as exigências globais de um mercado que opera sem interrupções.
Os contratos perpétuos sobre ações quebram essa restrição:
• Não têm vencimento. • Requerem menos capital imobilizado. • Permitem alavancagens muito mais elevadas. • Evitam dividir a liquidez em múltiplos contratos trimestrais.
Para Hayes, este diferencial competitivo implica que o trader global preferirá um perpétuo operado numa exchange cripto em vez de um futuro tradicional com horários limitados e menor alavancagem. Essa preferência é uma ameaça direta ao domínio histórico do CME em derivados de índices e ações.
O mercado offshore será o primeiro a migrar
O ensaio antecipa que o salto não ocorrerá primeiro em Wall Street, mas sim em mercados internacionais onde os utilizadores já operam criptomoedas 24/7.
Um trader em Seul, Dubai ou São Paulo pode aceder a BTC com alavancagem a partir do seu telemóvel a qualquer momento. Aplicar essa mesma lógica a ações como NVDA, TSLA ou índices como o Nasdaq 100 é um passo natural.
Hayes sublinha que esta adoção não exige tokenizar ações: o modelo de funding e margens dos perpétuos já está comprovado e amplamente aceite por milhões de utilizadores em cripto. Por isso, quando se massificar a possibilidade de operar ações norte-americanas sob essa estrutura, a migração será rápida e em grande escala.
Política, regulação e a reviravolta que abriu a porta
Uma parte fundamental da análise explica que o avanço dos perpétuos sobre ações depende da posição regulatória norte-americana, que mudou abruptamente com recentes alterações políticas.
Segundo Hayes, os reguladores passaram de hostis após o colapso da FTX a mostrar recetividade para com produtos ligados ao ecossistema cripto. Essa mudança favorece a concorrência entre sistemas financeiros e vê as criptomoedas como um contrapeso em relação aos grandes bancos.
Como a maioria dos reguladores globais tende a seguir o padrão norte-americano, esta reviravolta permitiu a bolsas como a SGX em Singapura lançar os seus próprios perpétuos, algo impensável há poucos anos.
2026: quando a formação de preços pode mudar de mãos
Hayes projeta que, até ao final de 2026, a referência de preço dos maiores índices norte-americanos poderá surgir de contratos perpétuos operados em exchanges cripto.
O motivo é simples:
• Operam 24/7. • Atraem liquidez global de retalho e profissional. • Oferecem alavancagem superior à de um futuro tradicional. • Não dependem de janelas horárias nem de sistemas de clearing lentos.
Se esta previsão se concretizar, será a primeira vez que um instrumento nascido no ecossistema cripto desafia e potencialmente substitui um derivado central do sistema financeiro tradicional.