A corrida global por terras raras ficou ainda mais interessante. Aqui estão os dados brutos: A China possui 44M toneladas métricas de reservas de terras raras—quase 2x as 21M do Brasil—e já controla 270K MT de produção anual (70% da produção global). Enquanto isso, os EUA apenas mantêm 1.9M MT de reservas, mas de alguma forma ocupam o 2º lugar em produção com 45K MT. Estranho, não é?
O detalhe? O Brasil tem as segundas maiores reservas, mas produziu basicamente nada (20 MT em 2024). Isso está prestes a mudar—Serra Verde está aumentando a produção de Pela Ema para atingir 5K MT/ano até 2026, tornando-se a única empresa não chinesa a produzir os quatro elementos de terras raras magnéticas críticos (neodímio, prazodímio, térbio, disprósio).
Aqui é onde se torna geopolítico:
O cavalo escuro de Mianmar: A China está a importar silenciosamente terras raras pesadas de lá (sem dados públicos sobre reservas, sus), mas os danos ambientais são brutais—mais de 2.700 piscinas de lixiviação ilegais nas montanhas até meados de 2022
Gigante adormecido da Índia: 6,9M MT de reservas, 35% dos minerais de praia/areia do mundo, mas apenas produzindo 2,9K MT. Nova fábrica de ímãs de terras raras anunciada em outubro de 2024
A Groenlândia está no radar de Trump: 1,5M MT de reservas, dois grandes projetos (Tanbreez + Kvanefjeld) presos no inferno da autorização
O Vietname foi arrasado: Reservas rebaixadas de 22M para 3.5M MT ano após ano após executivos serem presos por fraude fiscal
Contexto global: 390K MT produzidos em 2024 (, um aumento em relação a 376K em 2023). Reservas totais: 130M MT. O boom de EV/tecnologia significa que a demanda só vai aumentar, mas a concentração de oferta na China + riscos ambientais = pesadelo da cadeia de suprimentos.
O verdadeiro jogo? Veja o Brasil e a Índia. Se eles aumentarem a produção, a influência da China cai. Se não o fizerem, ficamos presos em um estrangulamento.
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O Jogo das Terras Raras: Quem Está Realmente a Segurar as Cartas?
A corrida global por terras raras ficou ainda mais interessante. Aqui estão os dados brutos: A China possui 44M toneladas métricas de reservas de terras raras—quase 2x as 21M do Brasil—e já controla 270K MT de produção anual (70% da produção global). Enquanto isso, os EUA apenas mantêm 1.9M MT de reservas, mas de alguma forma ocupam o 2º lugar em produção com 45K MT. Estranho, não é?
O detalhe? O Brasil tem as segundas maiores reservas, mas produziu basicamente nada (20 MT em 2024). Isso está prestes a mudar—Serra Verde está aumentando a produção de Pela Ema para atingir 5K MT/ano até 2026, tornando-se a única empresa não chinesa a produzir os quatro elementos de terras raras magnéticas críticos (neodímio, prazodímio, térbio, disprósio).
Aqui é onde se torna geopolítico:
Contexto global: 390K MT produzidos em 2024 (, um aumento em relação a 376K em 2023). Reservas totais: 130M MT. O boom de EV/tecnologia significa que a demanda só vai aumentar, mas a concentração de oferta na China + riscos ambientais = pesadelo da cadeia de suprimentos.
O verdadeiro jogo? Veja o Brasil e a Índia. Se eles aumentarem a produção, a influência da China cai. Se não o fizerem, ficamos presos em um estrangulamento.