A liderança do Japão está a apostar numa estratégia baseada nos salários para atingir os objetivos de inflação. A ideia? Fazer os salários aumentarem primeiro, deixando que o consumo dos consumidores impulsione naturalmente os preços em direção às metas.
Isto importa mais do que se pensa. Durante anos, o Japão enfrentou défice de inflação — as pessoas esperavam que os preços caíssem, por isso adiaram compras, criando um ciclo vicioso. Quebrar essa mentalidade requer um crescimento real dos rendimentos, não apenas truques monetários.
Aqui está o problema: os aumentos salariais precisam de superar a inflação, caso contrário, as famílias sentem-se mais pobres. Se as empresas não puderem pagar aumentos sem cortar empregos, todo o plano falha. E, com as cadeias de abastecimento globais ainda imprevisíveis, a inflação importada pode complicar tudo.
Por que é que alguém fora do Japão deveria preocupar-se? Porque as políticas do banco central estão interligadas. Se esta abordagem funcionar, outras economias podem copiá-la. Se falhar, espera-se mais afrouxamento quantitativo — que historicamente injeta liquidez nos ativos de risco, incluindo os digitais.
O verdadeiro teste não são os discursos. É se os salários realmente aumentarem mais rápido do que o custo de vida nos próximos 12-18 meses. Esses dados dirão se esta estratégia tem pernas ou se é apenas mais uma experiência de política destinada a desaparecer.
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GasWaster
· 11-12 06:52
O aumento salarial não serve de nada, na minha opinião.
A liderança do Japão está a apostar numa estratégia baseada nos salários para atingir os objetivos de inflação. A ideia? Fazer os salários aumentarem primeiro, deixando que o consumo dos consumidores impulsione naturalmente os preços em direção às metas.
Isto importa mais do que se pensa. Durante anos, o Japão enfrentou défice de inflação — as pessoas esperavam que os preços caíssem, por isso adiaram compras, criando um ciclo vicioso. Quebrar essa mentalidade requer um crescimento real dos rendimentos, não apenas truques monetários.
Aqui está o problema: os aumentos salariais precisam de superar a inflação, caso contrário, as famílias sentem-se mais pobres. Se as empresas não puderem pagar aumentos sem cortar empregos, todo o plano falha. E, com as cadeias de abastecimento globais ainda imprevisíveis, a inflação importada pode complicar tudo.
Por que é que alguém fora do Japão deveria preocupar-se? Porque as políticas do banco central estão interligadas. Se esta abordagem funcionar, outras economias podem copiá-la. Se falhar, espera-se mais afrouxamento quantitativo — que historicamente injeta liquidez nos ativos de risco, incluindo os digitais.
O verdadeiro teste não são os discursos. É se os salários realmente aumentarem mais rápido do que o custo de vida nos próximos 12-18 meses. Esses dados dirão se esta estratégia tem pernas ou se é apenas mais uma experiência de política destinada a desaparecer.