Há quem diga que o mercado é o caixa eletrônico do criador de mercado - onde o lado com maior posição é atacado na direção oposta. Essa afirmação é verdadeira em parte.

Isso é verdade em um mercado normal. Acúmulo de posições longas de alta alavancagem em uma semana? Liquidar as posições. Acúmulo de posições curtas? Aumentar e liquidar. A essência desse tipo de jogo é manter o equilíbrio, permitindo que o mercado permaneça dentro de uma faixa controlável pelo criador de mercado, maximizando a eficiência da colheita. Na maioria das vezes, você vê as agulhadas e quedas, por trás delas está essa lógica.

Mas um mercado em baixa cíclico é outra questão.

Na queda de 2022, o BTC caiu de 69000 para 15600. Teoricamente, havia ursos por todo o lado, o criador de mercado puxava o preço para cima para colher os maiores lucros — mas não conseguiu. Por quê? Porque o mercado em baixa cíclica não é um problema técnico, é uma crise de liquidez em todo o ecossistema. No ano, Elon Musk evaporou 132 bilhões de dólares, não foi um caso isolado. Os preços das commodities caíram abaixo do valor, o fluxo de caixa secou, até mesmo as principais instituições estavam tapando um buraco e abrindo outro.

O chamado "criador de mercado" neste ambiente também é cebola. Desde os 62000, foram fazendo short sem parar, não porque não quisessem reverter a tendência, mas porque simplesmente não tinham capital. Algumas exchanges colapsaram diretamente, a liquidez esgotou-se a tal ponto que não conseguiam manter operações básicas.

Em um mercado em baixa, várias ondas principais de queda, com uma única onda apresentando uma queda de 20.000 a 25.000 pontos. Isso não é uma escolha ativa do criador de mercado, é uma força maior. O verdadeiro terror do mercado está no fato de que: quando todos acham que os ursos serão colhidos, o colapso ainda continua.