O ouro fascina há séculos. Valor constante, brilho eterno. Governos do século XVII ao XX baseavam suas moedas nele. Era o centro do padrão-ouro.
Além do uso monetário, serve à indústria farmacêutica, joalheria e eletrônicos. Atrai todo tipo de investidor. Parece uma proteção quase mágica contra a inflação.
No comércio global, países acumulam o metal por razões econômicas e políticas. Hoje ninguém precisa apoiar sua moeda nele. Mas continuam comprando. Medo da hiperinflação? Talvez. Incertezas geopolíticas também pesam.
Vamos examinar quem tem mais ouro e por quê tanto interesse nesse metal amarelo.
Como guardam esse tesouro?
Bancos centrais escondem seu ouro em instalações subterrâneas. Segurança máxima. Poucos têm acesso. Paredes grossas, portas pesadas, vigilância constante.
Por que querem mais?
Proteger a moeda nacional, minimizar riscos. O ouro simboliza riqueza. Um escudo contra tempos difíceis.
Nos últimos anos, muitos países diversificaram seus fundos. A economia global não parece muito estável. Compraram mais ouro. Bastante mais. A proporção cresceu muito nas reservas nacionais.
Os 10 gigantes do ouro
Inflação e tensões geopolíticas aumentam o interesse pelo metal. Quando falam em recessão, todos olham para o que fazem os bancos centrais. Uma espécie de guia em águas turbulentas.
Aqui estão os campeões:
Holanda - 612 toneladas
Entrou na lista quando a Turquia vendeu parte do seu ouro em 2020-21. Já vendeu barras no passado. Parou em 2022. Sorte sua.
Até 2014, metade do seu ouro estava em Nova Iorque. Depois decidiram trazer de volta. Agora está entre Amsterdã, Londres (umas 110 toneladas) e Ottawa.
Índia - 787 toneladas
Segunda maior população e segundo maior consumidor de ouro do mundo. Só perde para China. Na cultura indiana, ouro é investimento sério. A MMTC indiana fez parceria com a refinaria suíça PAMP para fornecer metal certificado.
Adicionou só 6 toneladas no último ano. Não parece muito, mas considerando a instabilidade do país, é significativo. Guarda mais da metade em casa. O resto fica em Londres e Basileia.
Japão – 845,98 toneladas
Estabilidade é o nome do jogo japonês. Parou de comprar depois de Fukushima em 2011. Vendeu um pouco para acalmar a economia naquele momento caótico.
O Banco do Japão prefere aumentar reservas em dólares. O iene precisa de administração constante.
Suíça – 1.040,01 toneladas
Como o Japão, não mexeu muito em suas reservas recentemente. País dos bancos, impostos baixos e neutralidade. Não enfrenta os mesmos riscos que outros.
Guarda 70% em Berna, 20% em Londres e 10% no Canadá. Organização tipicamente suíça.
China – 2.010,51 toneladas
Antes minerava e vendia. Política antiga. Agora acumula mais. Aproxima-se dos padrões ocidentais.
Era misteriosa sobre seus números. Ultimamente mais transparente. Em 2019, comprou por quatro meses seguidos. Quase 43 toneladas novas. Movimento interessante.
Rússia - 2.332 toneladas
Ultrapassou a China em 2019. Terceiro maior produtor mundial. Putin tem programa para aumentar reservas. Faz sentido.
Com o dólar dominando as reservas internacionais e as frequentes brigas com os EUA, o ouro é refúgio seguro para os russos. O rublo sofreu com as sanções após o conflito na Ucrânia. Ouro não tem nacionalidade.
França – 2.436,34 toneladas
Já esteve em terceiro lugar. Em 2004, Sarkozy vendeu 20% das reservas. Queria reduzir dívidas e investir em moedas e títulos.
Todo o ouro francês fica em Paris, nos cofres do Banque de France.
Itália – 2.451,86 toneladas
Economia volátil, reservas de ouro estáveis. Curioso. Importante centro comercial europeu no século XX, mantém cerca de 2.452 milhões desde 1999.
Problemas econômicos reduziram sua produção. Ainda exporta bastante na Europa.
Alemanha – 3.355,14 toneladas
Guarda seu tesouro em três lugares: Frankfurt, Nova York e Londres.
Durante a Guerra Fria, espalhou o ouro entre aliados. Em 2013, decidiu trazer 40% de volta. Transparência gera confiança.
Parte do ouro alemão está exposto no Museu Monetário de Frankfurt. Vale a visita.
Estados Unidos – 8.133,53 toneladas
O campeão absoluto. Tem quase 4.764 toneladas mais que a Alemanha. Mas enfrenta críticas sobre transparência. Alguns documentos sobre autenticidade das barras sumiram. Meio estranho.
Dizem que os EUA incluem nas contagens ouro de outros países sob custódia. Também questionam a pureza - barras antigas convertidas ao padrão atual poderiam reduzir bastante o total.
Austrália: ouro debaixo dos pés
Falando de ouro ainda no solo, a Austrália lidera com 10.000 toneladas métricas. Rica em minas. Segundo maior produtor mundial, extrai 290 toneladas por ano.
A influência britânica
O Reino Unido não está no top 10 de reservas próprias, mas é peça-chave no sistema global. O Banco da Inglaterra guarda 310,3 toneladas em seus cofres subterrâneos.
Também armazena ouro de outros países. Isso às vezes gera problemas. Venezuela quis seu ouro de volta. A Romênia também.
Mesmo com essas disputas, muitos preferem deixar ouro em diferentes locais. Facilita operações de swap - trocar ouro por libras ou dólares quando necessário.
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Os 10 países com mais reservas de ouro: onde guardam o metal precioso?
O ouro fascina há séculos. Valor constante, brilho eterno. Governos do século XVII ao XX baseavam suas moedas nele. Era o centro do padrão-ouro.
Além do uso monetário, serve à indústria farmacêutica, joalheria e eletrônicos. Atrai todo tipo de investidor. Parece uma proteção quase mágica contra a inflação.
No comércio global, países acumulam o metal por razões econômicas e políticas. Hoje ninguém precisa apoiar sua moeda nele. Mas continuam comprando. Medo da hiperinflação? Talvez. Incertezas geopolíticas também pesam.
Vamos examinar quem tem mais ouro e por quê tanto interesse nesse metal amarelo.
Como guardam esse tesouro?
Bancos centrais escondem seu ouro em instalações subterrâneas. Segurança máxima. Poucos têm acesso. Paredes grossas, portas pesadas, vigilância constante.
Por que querem mais?
Proteger a moeda nacional, minimizar riscos. O ouro simboliza riqueza. Um escudo contra tempos difíceis.
Nos últimos anos, muitos países diversificaram seus fundos. A economia global não parece muito estável. Compraram mais ouro. Bastante mais. A proporção cresceu muito nas reservas nacionais.
Os 10 gigantes do ouro
Inflação e tensões geopolíticas aumentam o interesse pelo metal. Quando falam em recessão, todos olham para o que fazem os bancos centrais. Uma espécie de guia em águas turbulentas.
Aqui estão os campeões:
Entrou na lista quando a Turquia vendeu parte do seu ouro em 2020-21. Já vendeu barras no passado. Parou em 2022. Sorte sua.
Até 2014, metade do seu ouro estava em Nova Iorque. Depois decidiram trazer de volta. Agora está entre Amsterdã, Londres (umas 110 toneladas) e Ottawa.
Segunda maior população e segundo maior consumidor de ouro do mundo. Só perde para China. Na cultura indiana, ouro é investimento sério. A MMTC indiana fez parceria com a refinaria suíça PAMP para fornecer metal certificado.
Adicionou só 6 toneladas no último ano. Não parece muito, mas considerando a instabilidade do país, é significativo. Guarda mais da metade em casa. O resto fica em Londres e Basileia.
Estabilidade é o nome do jogo japonês. Parou de comprar depois de Fukushima em 2011. Vendeu um pouco para acalmar a economia naquele momento caótico.
O Banco do Japão prefere aumentar reservas em dólares. O iene precisa de administração constante.
Como o Japão, não mexeu muito em suas reservas recentemente. País dos bancos, impostos baixos e neutralidade. Não enfrenta os mesmos riscos que outros.
Guarda 70% em Berna, 20% em Londres e 10% no Canadá. Organização tipicamente suíça.
Antes minerava e vendia. Política antiga. Agora acumula mais. Aproxima-se dos padrões ocidentais.
Era misteriosa sobre seus números. Ultimamente mais transparente. Em 2019, comprou por quatro meses seguidos. Quase 43 toneladas novas. Movimento interessante.
Ultrapassou a China em 2019. Terceiro maior produtor mundial. Putin tem programa para aumentar reservas. Faz sentido.
Com o dólar dominando as reservas internacionais e as frequentes brigas com os EUA, o ouro é refúgio seguro para os russos. O rublo sofreu com as sanções após o conflito na Ucrânia. Ouro não tem nacionalidade.
Já esteve em terceiro lugar. Em 2004, Sarkozy vendeu 20% das reservas. Queria reduzir dívidas e investir em moedas e títulos.
Todo o ouro francês fica em Paris, nos cofres do Banque de France.
Economia volátil, reservas de ouro estáveis. Curioso. Importante centro comercial europeu no século XX, mantém cerca de 2.452 milhões desde 1999.
Problemas econômicos reduziram sua produção. Ainda exporta bastante na Europa.
Guarda seu tesouro em três lugares: Frankfurt, Nova York e Londres.
Durante a Guerra Fria, espalhou o ouro entre aliados. Em 2013, decidiu trazer 40% de volta. Transparência gera confiança.
Parte do ouro alemão está exposto no Museu Monetário de Frankfurt. Vale a visita.
O campeão absoluto. Tem quase 4.764 toneladas mais que a Alemanha. Mas enfrenta críticas sobre transparência. Alguns documentos sobre autenticidade das barras sumiram. Meio estranho.
Dizem que os EUA incluem nas contagens ouro de outros países sob custódia. Também questionam a pureza - barras antigas convertidas ao padrão atual poderiam reduzir bastante o total.
Austrália: ouro debaixo dos pés
Falando de ouro ainda no solo, a Austrália lidera com 10.000 toneladas métricas. Rica em minas. Segundo maior produtor mundial, extrai 290 toneladas por ano.
A influência britânica
O Reino Unido não está no top 10 de reservas próprias, mas é peça-chave no sistema global. O Banco da Inglaterra guarda 310,3 toneladas em seus cofres subterrâneos.
Também armazena ouro de outros países. Isso às vezes gera problemas. Venezuela quis seu ouro de volta. A Romênia também.
Mesmo com essas disputas, muitos preferem deixar ouro em diferentes locais. Facilita operações de swap - trocar ouro por libras ou dólares quando necessário.